UM BLOGUE DIFERENTE NO COMBATE A INÉRCIA DAS ACTIVIDADES DE UMA TERRA QUE CUSTA A CRESCER.
sexta-feira, 23 de dezembro de 2016
quarta-feira, 26 de outubro de 2016
TEMPLÁRIOS I
☩Escapamos
da morte quantas vezes for preciso, mas da vida nunca nos livraremos.☩
Chico Xavier
☩Non
Nobis Domine, Non Nobis, Sed Nomini Tuo Da Gloriam☩
TEMPLÁRIOS
☩Os
covardes nunca tentam, os fracassados nunca terminam, os vencedores nunca
desistem.☩
Norman Vincent Peale
☩Non Nobis Domine, Non Nobis, Sed Nomini
Tuo Da Gloriam☩
segunda-feira, 5 de setembro de 2016
E ASSIM NASCEU PORTUGAL
Neste dia 26 de Julho, em 1139, Afonso, Conde Portucalense, é Aclamado Rei
de Portugal e Proclama a Independência em relação a Leão.
Viva Portugal.
Viva o Rei!!
Afonso I (25 de Julho de 1109 – 6 de Dezembro de 1185), também chamado de Afonso Henriques e apelidado de "o Conquistador", foi o primeiro Rei de Portugal de 1139 até sua morte, anteriormente servindo como Conde de Portucale de 1112 até sua independência do Reino da Galiza. Era filho de Henrique, Conde de Portucale e sua esposa Teresa de Leão, que serviu como sua regente durante sua minoridade entre 1112 até 1126.
Viva Portugal.
Viva o Rei!!
Afonso I (25 de Julho de 1109 – 6 de Dezembro de 1185), também chamado de Afonso Henriques e apelidado de "o Conquistador", foi o primeiro Rei de Portugal de 1139 até sua morte, anteriormente servindo como Conde de Portucale de 1112 até sua independência do Reino da Galiza. Era filho de Henrique, Conde de Portucale e sua esposa Teresa de Leão, que serviu como sua regente durante sua minoridade entre 1112 até 1126.
Após a morte de seu pai em 1112, Afonso tomou uma posição política oposta à
da mãe, que se aliara ao nobre galego Fernão Peres de Trava. Pretendendo
assegurar o domínio do condado armou-se cavaleiro e após vencer a sua mãe na
Batalha de São Mamede em 1128, assumiu o governo.
Concentrou então os esforços em obter o reconhecimento como reino. Em 1140, depois da vitória na batalha de Ourique contra um contingente mouro, D. Afonso Henriques proclamou-se rei de Portugal com o apoio das suas tropas. Ao contrário do que dizem sobre o Tratado de Zamora só tornou o Condado Portucalense independente do Reino de Leão. A independência Portuguesa foi reconhecida, em 1179, pelo papa Alexandre III, através da bula Manifestis Probatum e ganhou o título de Rex (rei).
Concentrou então os esforços em obter o reconhecimento como reino. Em 1140, depois da vitória na batalha de Ourique contra um contingente mouro, D. Afonso Henriques proclamou-se rei de Portugal com o apoio das suas tropas. Ao contrário do que dizem sobre o Tratado de Zamora só tornou o Condado Portucalense independente do Reino de Leão. A independência Portuguesa foi reconhecida, em 1179, pelo papa Alexandre III, através da bula Manifestis Probatum e ganhou o título de Rex (rei).
Com o apoio de cruzados do norte da Europa conquistou Lisboa em 1147. Com a
Pacificação Interna, prosseguiu as conquistas aos mouros, empurrando as
fronteiras para sul, desde Leiria ao Alentejo, mais que duplicando o território
que herdara.
Os muçulmanos, em sinal de respeito, chamaram-lhe Ibn-Arrik ("filho de Henrique", tradução literal do patronímico Henriques) ou
El-Bortukali ("O Português").
Os muçulmanos, em sinal de respeito, chamaram-lhe Ibn-Arrik ("filho de Henrique", tradução literal do patronímico Henriques) ou
El-Bortukali ("O Português").
|Dom Afonso Henriques, o primeiro Rei de Portugal, que nasceu em 1109 em
Coimbra e faleceu em 1185 na Galiza era filho do Conde Henrique de Borgonha e
de Dona Teresa, criado por Soeiro Mendes de Sousa e sua mulher no Condado
Portucalense quando teve uma nobre educação no aspeto político, com isto se
tornou um elemento congregado e legitimador, no ano de 1120 junto com Dom Paio
Arcebispo de Braga assumiu uma posição política contraria a de sua mãe, que
apoiava os Travas, e em virtude de sua posição foi obrigado a emigrar junto com
Dom Paio, e no ano de 1122 se armou cavaleiro na Catedral de Zamora e no seu
retorno ao Condado em 1128 se defrontou e venceu as hostes de Fernão Peres de
Trava na Batalha de São Mamede e assumiu o governo do condado com o objetivo de
firmar a independência, para tal definiu uma política baseada na defesa de seu
condado contra Leão e Castela ao norte e Leste e contra os Mouros ao sul,
negociou com a Santa Sé no sentido de ver reconhecido a independência de seu
reino e de conseguir a autonomia plena da igreja portuguesa.
Dom Afonso Henriques fundou o Mosteiro de Santa Cruz em Coimbra, no ano de
1131 erigiu diversos castelos onde se destaca o de Leiria em 1135 sendo um dos
pontos estratégico para o desenvolvimento da reconquista, em 1137 venceu os
leoneses em Cerneja, e no ano de 1139 venceu a Batalha de Ourique contra os
Mouros quando passou a intitular-se rei e no de 1143 prestou vassalagem a Santa
Sé e na reunião de Zamora foi reconhecido a sua realeza por Dom Afonso VII de
Leão porém só em 1179 com a Bula Manifesto Probatório do Papa Alexandre III foi
que designou Dom Afonso Henriques como rei concedendo-lhe o direito de
conquistar territórios Mouros para alargamento do seu território. Em 1147, Dom
Afonso Henriques conquistou a Cidade de Santarém e Lisboa com a ajuda de
cruzados, tomou as cidades de Almada e Palmela que se entregaram sem lutar.
Em 1159 Dom Afonso Henriques tomou Évora e Beja a qual perderia pouco
depois a favor dos Mouros, a reconquista de Beja e Évora por Dom Afonso
Henriques se deu em 1162 com a ajuda de Geraldo Sem Pavor e quando de sua morte
deixou para o seu filho Dom Sancho I um território perfeitamente definido e
independente.|
A Lenda...
A Lenda de Afonso I, Rei de Portugal:
Dom Afonso Henriques, o primeiro Rei de Portugal, ou seja, aquele Infante que, em dado momento do séc. XII, decidiu intitular-se a si próprio rei e obteve pouco a pouco, habilmente, o reconhecimento da independência do condado que governava e que, até então, dependia do reino de Leão – Afonso Henriques, filho de Henrique de Borgonha e de Teresa, por sua vez filha bastarda de Afonso VI, o famoso rei de Leão e de Castela que reconquistou Toledo aos mouros – é um personagem cuja história e feitos impressionaram visivelmente a imaginação dos seus contemporâneos e sobretudo a imaginação das gerações que se seguiram.
Dom Afonso Henriques, o primeiro Rei de Portugal, ou seja, aquele Infante que, em dado momento do séc. XII, decidiu intitular-se a si próprio rei e obteve pouco a pouco, habilmente, o reconhecimento da independência do condado que governava e que, até então, dependia do reino de Leão – Afonso Henriques, filho de Henrique de Borgonha e de Teresa, por sua vez filha bastarda de Afonso VI, o famoso rei de Leão e de Castela que reconquistou Toledo aos mouros – é um personagem cuja história e feitos impressionaram visivelmente a imaginação dos seus contemporâneos e sobretudo a imaginação das gerações que se seguiram.
É o que explica, primeiro, o tom parentérico e quase hiperbólico de algumas
fontes latinas (anais, vidas de santos), no entanto históricas, escritas pouco
tempo depois da sua morte. É isso que explica ainda – e é o mais importante no
caso preciso de que me proponho tratar – a deformação que se introduziu
bastante rapidamente nas descrições dos seus feitos – uma deformação que
aparece já nas crónicas castelhanas e portuguesas de fins do séc. XIII, uma
centena de anos depois da sua morte.
O Cerco de Lisboa_Dom Afonso Henriques Conquista Lisboa aos Mouros:
_O Cerco de Lisboa teve início a 1 de Julho de 1147 e durou até 21 de
Outubro, integrou a Reconquista cristã da península Ibérica, culminando na
conquista desta cidade aos mouros pelas forças de D. Afonso Henriques (1112 -
1185) com o auxílio dos Cruzados que se dirigiam para o Médio Oriente, mais propriamente
para a Terra Santa. Foi o único sucesso da Segunda Cruzada.
Após a queda de Edessa, em 1144, o Papa Eugénio III convocou uma nova
cruzada para 1145 e 1146. O Papa ainda autorizou uma cruzada para a Península
Ibérica, embora esta fosse uma guerra desgastante de já vários séculos, desde a
derrota dos Mouros em Covadonga, em 718. Nos primeiros meses da Primeira
Cruzada em 1095, já o Papa Urbano II teria pedido aos cruzados ibéricos
(futuros portugueses, Castelhanos, Leoneses, Aragoneses, etc.) que
permanecessem na sua terra, já que a sua própria guerra era considerada tão
valente como a dos Cruzados em direcção a Jerusalém. Eugénio reiterou a
decisão, autorizando Marselha, Pisa, Génova e outras grandes cidades
mediterrânicas a participar na guerra da Reconquista.
A 19 de maio zarparam os primeiros contingentes de Cruzados de Dartmouth,
Inglaterra, constituídos por flamengos, normandos, ingleses, escoceses e alguns
cruzados germanos. Segundo Odo de Deuil, perfaziam no total 164 navios — valor
este provavelmente aumentado progressivamente até à chegada a Portugal. Durante
esta parte da cruzada, não foram comandados por nenhum príncipe ou rei; a
Inglaterra estava em pleno período d'A Anarquia. Assim, a frota era dirigida
por Arnold III de Aerschot (sobrinho de Godofredo de Louvaina), Christian de
Ghistelles, Henry Glanville (condestável de Suffolk), Simon de Dover, Andrew de
Londres, e Saher de Archelle.
A armada chegou à cidade do Porto a 16 de Junho, sendo convencidos pelo
bispo do Porto, Pedro II Pitões, a tomarem parte nessa operação militar. Após a
conquista de Santarém (1147), sabendo da disponibilidade dos Cruzados em
ajudar, as forças de D. Afonso Henriques prosseguiram para o Sul, sobre Lisboa.
As forças portuguesas avançaram por terra, as dos cruzados por mar,
penetrando na foz do rio Tejo; em Junho desse mesmo ano, ambas as forças
estavam reunidas, ferindo-se as primeiras escaramuças nos arrabaldes a Oeste da
colina sobre a qual se erguia a cidade de então, hoje a chamada Baixa. Após
violentos combates, tanto esse arrabalde, como o a Leste, foram dominados pelos
cristãos, impondo-se dessa forma o cerco à opulenta cidade mercantil.
Bem defendidos, os muros da cidade mostraram-se expugnáveis. As semanas se
passavam em surtidas dos sitiados, enquanto as máquinas de guerra dos sitiantes
lançavam toda a sorte de projécteis sobre os defensores, o número de mortos e
feridos aumentando de parte a parte.
No início de Outubro, os trabalhos de sapa sob o alicerce da muralha
tiveram sucesso em fazer cair um troço dela, abrindo uma brecha por onde os
sitiantes se lançaram, denodadamente defendida pelos defensores. Por essa
altura, uma torre de madeira construída pelos sitiantes foi aproximada da
muralha, permitindo o acesso ao adarve. Diante dessa situação, na iminência de
um assalto cristão em duas frentes, os muçulmanos, enfraquecidos pelas
escaramuças, pela fome e pelas doenças, capitularam a 20 de Outubro.
Entretanto, somente no dia seguinte, o soberano e suas forças entrariam na
cidade, nesse meio tempo violentamente saqueada pelos cruzados.
Decorrente deste cerco surgem os episódios lendários de Martim Moniz, que
teria perecido pela vitória dos cristãos, e da ainda mais lendária batalha de
Sacavém.
Alguns dos cruzados estabeleceram-se na cidade, de entre os quais se
destaca Gilbert de Hastings, eleito bispo de Lisboa.
Após a rendição uma epidemia de peste assolou a região fazendo milhares de
vitimas entre a população.
Lisboa tornar-se-ia a Capital de Portugal em 1255.
Viva PORTUGAL!!!!
TRATADO DE ZAMORA FOI CELEBRADO EM 5 DE OUTUBRO DE 1143
Independência de Portugal foi reconhecida há 871 anos!
Em 5 de Outubro de 1143, Afonso VII, Rei de Leão e Castela, reconheceu
o Reino de Portugal nascido do Condado Portucalense e D. Afonso Henriques
como seu Rei.
Constituindo embora um processo com datas históricas marcantes que
antecederam inclusive este evento, a data de celebração do Tratado de Zamora é
considerada como a da fundação de Portugal como país soberano. A
independência de Portugal veio a ser reconhecida pelo Papa Alexandre III, em
1179, na sequência de uma intensa acção diplomática desenvolvida por D.
Afonso Henriques a fim de se furtar à vassalagem a Afonso VII
enquanto Imperador das Espanhas.
As comemorações do 5 de Outubro - a celebração do Tratado de Zamora e a
Implantação da República - devem constituir sobretudo um mote à reflexão
crítica dos acontecimentos passados com vista à definição dos caminhos
que Portugal deve trilhar!
Independência de Portugal foi reconhecida há 871 anos!
Em 5 de Outubro de 1143, Afonso VII, Rei de Leão e Castela, reconheceu
o Reino de Portugal nascido do Condado Portucalense e D. Afonso Henriques
como seu Rei.
sábado, 20 de agosto de 2016
UM POUCO MAIS SOBRE OS TEMPLARIOS
"Esqueçam tudo o que vos contaram até hoje sobre os Templários!"
...
Os
Templários Portugueses têm a sua origem num povo indomável e milenar que em
épocas recuadas lutou pela sobrevivência da sua cultura ancestral. O povo
Lusitano.
Um povo que
soube unir-se no momento certo para sacudir o jugo do ocupante do
solo sagrado dos seus antepassados e criar as raízes do seu próprio País.
Nas terras
do norte e em pleno domínio árabe, Senhores de quatro Casas
poderosas juntaram armas e começaram a congeminar um sonho. Dessa união
nasceu o que nos é permitido apenas chamar de: A ORDEM.
"Atravessou os mares revoltos da História e sobreviveu até hoje."
Em 1110
elaboraram um Projecto do qual iria nascer Portugal.
Tendo
participado na tomada de Jerusalém onze anos antes, o Cavaleiro Gondemar (o
moçárabe Conde Omar) entre outras relíquias, trouxe consigo importantes
manuscriptos que revelavam uma realidade histórica diferente da imposta na
altura pelo poder religioso (e que hoje continua vigente, até o dia em que a
verdade seja revelada).
Na posse e
conhecimento desses testemunhos, a ORDEM passou a incluir a Terra Santa
nos objectivos da sua missão.
Tomando
conhecimento desta iniciativa e do conteúdo desses pergaminhos através dos seus
freires, Bernardo de Claraval, "primeiro chocado e depois
esclarecido", apadrinhou o Projecto e propôs-se difundi-lo
discretamente nos centros esotéricos da Europa.
Foram
destacados dois Cavaleiros lusos para se deslocarem a França e implantar o
entusiasmo no seio da Cavalaria Espiritual local.
Acabaram
integrando, assim, os nove fundadores da Ordem do Templo que viriam a
apresentar o Projecto Templário ao Rei Balduíno na Cidade Santa de
Jerusalém, em 1118. O monarca, entusiasmado, cede-lhes imediatamente
instalações no Palácio que tinha sido outrora, o Templo de Salomão.
" Templo
que recebia agora, a ORDEM nascida num outro Templo no longínquo Ocidente,
e no qual tinha tido origem num passado também ele longínquo. ORDEM que buscava
agora as páginas que julgara para sempre apagadas da sua História ancestral. "
Desta forma,
a Ordem do Templo divide-se em duas frentes.
Uma, na
Terra santa onde tenta por todos os meios criar um clima de segurança para os
peregrinos cristãos. Onde muitas das vezes intervém para se evitarem posições
extremas de crueldade nas contendas. Onde mantem uma relação de respeito entre
oponentes, cumprindo e fazendo cumprir os acordos baseados na honra da
Cavalaria Crista e Árabe.
A outra, na
Península Ibérica onde luta para implantar o seu projecto, mantendo os mesmos
princípios e o mesmo modo de atuação.
Durante
quase dois seculos a Ordem cresce e fortalece-se. Distingue-se no campo
militar, sempre ao lado do Rei-irmão Afonso I de Portugal e seus sucessores.
Sempre na
linha da frente de batalha. Distingue-se também no empreendedorismo rural e
administrativo, acarinhada pelas populações, recompensada pelo poder real e
tolerada pelo clero.
Suspensa a
Ordem em consequência dos acontecimentos ocorridos no inicio do seculo XIV em
França, os Templários em Portugal mudam de nome e passam a chamar-se cavaleiros
da Ordem de Cristo.
Parte dos
seus conhecimentos guardados durante anos serão usados na epopeia marítima que
se segue.
A Ordem
oculta, essa manter-se-á nos bastidores da Historia dando todo o seu apoio aos
seguidores dos Projecto.
Ate aos
nossos dias……
...
sexta-feira, 8 de julho de 2016
COMEMORAÇÃO DO 19.º ANIVERSARIO DA COMENDADORIA DE COIMBRA RAINHA SANTA ISABEL
Realizou-se no passado dia 26 do mês de Junho o 19.º aniversario da comendadoria de Rainha Santa Isabel.
Tendo pelas 11,30 a recepção de boas vindas em frente
ao Mosteiro de Santa Clara a Nova seguindo depois uma visita guiada a Igreja da
Rainha Santa Isabel, Coro Baixo, Exposição e Claustros do Mosteiro de Santa
Clara a Nova.
Pelas 13 horas foi celebrada uma missa na Igreja da
Rainha Santa Isabel.
Tendo depois a comitiva seguido para o Hotel D. Luís
onde foi servido o almoço.
Findo o respectivo almoço decorreu uma breve palestra
com o cavaleiro Mário Simões sobre a vida da Rainha Santa Isabel.
Tendo encerrado as comemorações cerca das 18 horas,
sendo centrada este ano nos 500 anos da beatificação da nossa padroeira, a
Rainha Santa Isabel
sábado, 18 de junho de 2016
A SOMBRA DO CAVALEIRO
Há algum tempo que procuro um velho amigo.
Sempre soube que costuma recolher-se em determinados lugares sagrados da Ordem.
Por isso procurei-o em todos os templos dedicados a Santa Maria.
Encontrei-o recentemente, contemplando em silêncio a imagem de São Miguel dominando o dragão.
Sentei-me em silêncio ao seu lado e saudei-o.
- Estás bem? Há quanto tempo Irmão...
- Há demasiado tempo... como deste comigo?
- Sempre tive a esperança de um dia te encontrar numa das Casas de Maria.
- Também o é de João e de Miguel, não te esqueças. Como estão os outros Irmãos?
- Reunimos regularmente. Todos sentem a tua falta.
Deixou-se ficar em silêncio, pensativo.
Depois baixando a cabeça acrescentou baixinho...
- Sabes que sempre fui contra a decisão de nos expormos. Há muita coisa que nunca será entendida fora do círculo interno. Muito menos o será no exterior da Ordem. Queres um exemplo? Olha para a figura de Miguel ali representado a matar o dragão. O dragão que sempre caminhou fielmente ao seu lado e que é afinal a sua própria sombra. Como tiveram a coragem de adulterar tal simbolismo?
- É preciso dar a conhecer esta e outras verdades também aos Irmãos que estão lá fora. Temos o dever de lhes contar a verdade...
- A verdade? E quem está hoje interessado na nossa Verdade? Todos procuram a verdade, mas a deles. A que lhes convém. Aquela que mais se ajusta aos seus interesses. Como lhes vais contar a verdade de Miguel? A de Maria e a de João? A da própria Ordem? Alguém te dará ouvidos e entenderá essa Verdade? Olha para todas estas figuras aqui representadas. Tu e eu sabemos quem realmente são. Tenta revelar a verdade e serás no mínimo tomado por louco.
- Alguém irá ouvir-nos. Tenhamos essa esperança.
Meneando a cabeça ligeiramente levantou-se devagar e colocou paternalmente a sua mão no meu ombro.
- Pode ser que sim. Isso seria sem dúvida um verdadeiro milagre... O nosso mundo está a desaparecer, Irmão. Estão a perder-se os valores fundamentais pelos quais tanto lutámos mas a que ninguém dá valor. Sabes, sinto-me cansado. Mas tal como tu não vou desistir, se é isso que estás a pensar.
Estarei sempre contigo, com todos vós, e com todos eles.
Agora deixa-me ir ...até à próxima, Irmão.
E afastou-se com um visível pesar.
Irmão, companheiro, Cavaleiro acompanhado da sua fiel sombra que num último vislumbre me pareceu tomar a forma volátil de um dragão.
Até à próxima Miguel...
Sempre soube que costuma recolher-se em determinados lugares sagrados da Ordem.
Por isso procurei-o em todos os templos dedicados a Santa Maria.
Encontrei-o recentemente, contemplando em silêncio a imagem de São Miguel dominando o dragão.
Sentei-me em silêncio ao seu lado e saudei-o.
- Estás bem? Há quanto tempo Irmão...
- Há demasiado tempo... como deste comigo?
- Sempre tive a esperança de um dia te encontrar numa das Casas de Maria.
- Também o é de João e de Miguel, não te esqueças. Como estão os outros Irmãos?
- Reunimos regularmente. Todos sentem a tua falta.
Deixou-se ficar em silêncio, pensativo.
Depois baixando a cabeça acrescentou baixinho...
- Sabes que sempre fui contra a decisão de nos expormos. Há muita coisa que nunca será entendida fora do círculo interno. Muito menos o será no exterior da Ordem. Queres um exemplo? Olha para a figura de Miguel ali representado a matar o dragão. O dragão que sempre caminhou fielmente ao seu lado e que é afinal a sua própria sombra. Como tiveram a coragem de adulterar tal simbolismo?
- É preciso dar a conhecer esta e outras verdades também aos Irmãos que estão lá fora. Temos o dever de lhes contar a verdade...
- A verdade? E quem está hoje interessado na nossa Verdade? Todos procuram a verdade, mas a deles. A que lhes convém. Aquela que mais se ajusta aos seus interesses. Como lhes vais contar a verdade de Miguel? A de Maria e a de João? A da própria Ordem? Alguém te dará ouvidos e entenderá essa Verdade? Olha para todas estas figuras aqui representadas. Tu e eu sabemos quem realmente são. Tenta revelar a verdade e serás no mínimo tomado por louco.
- Alguém irá ouvir-nos. Tenhamos essa esperança.
Meneando a cabeça ligeiramente levantou-se devagar e colocou paternalmente a sua mão no meu ombro.
- Pode ser que sim. Isso seria sem dúvida um verdadeiro milagre... O nosso mundo está a desaparecer, Irmão. Estão a perder-se os valores fundamentais pelos quais tanto lutámos mas a que ninguém dá valor. Sabes, sinto-me cansado. Mas tal como tu não vou desistir, se é isso que estás a pensar.
Estarei sempre contigo, com todos vós, e com todos eles.
Agora deixa-me ir ...até à próxima, Irmão.
E afastou-se com um visível pesar.
Irmão, companheiro, Cavaleiro acompanhado da sua fiel sombra que num último vislumbre me pareceu tomar a forma volátil de um dragão.
Até à próxima Miguel...
+ Fr. João de
Avis +
sexta-feira, 27 de maio de 2016
quarta-feira, 25 de maio de 2016
FEIRA A MODA ANTIGA
NO PRÓXIMO DIA 29 DE MAIO, PELAS 14,30 NO LARGO DO ADRO - (JUNTO AO CASTELO) REALIZA-SE MAIS UMA FEIRA A MODA ANTIGA
quarta-feira, 30 de março de 2016
2.ª MOSTRA GASTRONÓMICA NO ESPÍRITO SANTO - SOURE
TRADIÇÕES E SABORES
ESPÍRITO SANTO - SOURE
REALIZA-SE NOS PRÓXIMOS DIAS 2 E 3 DE ABRIL 2016, A 2.ª MOSTRA GASTRONÓMICA
NO ESPÍRITO SANTO - SOURE
segunda-feira, 28 de março de 2016
COMEMORAÇÕES DOS 888 ANOS DA ENTREGA DO CASTELO DE SOURE AOS TEMPLÁRIOS
Realizou-se no passado fim de semana, de 19 a 20 de Março de 2016
(sábado e domingo) a comemoração dos 888 anos da entrega do Castelo de Soure
aos Templários.
Iniciou-se com uma palestra no espaço
denominado 1111, (junto ao referido castelo) preferida pelo Sr. José Medeiros,
o qual se referiu ao inicio dos Templários e da do seu ultimo Grão - Mestre
Jacques de Molay, depois se referiu sobre o castelo de Soure e a sua entrega
aos Templários e a grande importância que o mesmo teve na conquista do
território português.
depois se seguiu uma demonstração
simbólica da doação do Castelo de Soure aos Templários, revivendo o que se
tinha passado em Viseu no ano de 1126.
Ficando a representação a cargo do grupo
de figurantes da Escola de Artes medievais da Associação para o Desenvolvimento
integrado do Ribatejo Norte (ADIRN) de Tomar. Que representando personagens
como a Rainha Dona Tereja, um representante da Santa Igreja, Dom Teotónio Prior
de Viseu, Fernão Peres de Trava, na altura senhorio do Castelo de Soure, assim
como um representante dos Templários que na altura seria o cavaleiro Gondomar
um velho cavaleiro da Ordem dos Pobres cavaleiros de Cristo, ou então chamados
cavaleiros do Templo, ou Templários.
Seguiu-se depois uma representação de Fogo
e dança, o qual intitulado o renascer das Cinzas.
no domingo seguiu-se na parte da tarde a
continuação da comemoração, com uma demonstração de tiro ao arco e uma peleja
de esgrima medieval também pelo grupo de figurantes da Escola de Artes
medievais da Associação para o Desenvolvimento integrado do Ribatejo Norte
(ADIRN) de Tomar.
Sobre tudo isto um agradecimento aos
iniciadores deste projecto, dizendo que foi um magnifico espectáculo esperando
que a Câmara Municipal, agarre neste projecto e nos próximos anos faça a sua
continuação deste facto histórico que tanto engrandece a Vila de Soure, pois
ela é uma VILA TEMPLÁRIA, pois foi aqui que se iniciou a implantação dos cavaleiros
da Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo, ou chamados Cavaleiros do Templo ou
mais conhecidos por CAVALEIROS TEMPLÁRIOS.
OS TEMPLÁRIOS NO CAMPO DE BATALHA
No campo de batalha, os membros da ordem dos templários lutavam até a morte.
Fora dele, abusaram do enorme poder acumulado e acabaram perseguidos e queimados na fogueira da Inquisição, vítimas de uma conspiração do rei da França. Conheça a história dos monges guerreiros!
Os cristãos estavam diante de uma derrota certa naquele ano de 1177. Eram 3 mil soldados, liderados por um rei de 16 anos carcomido pela lepra. As tropas de Balduíno IV estavam cercadas. O general Saladino se aproximava com 26 mil soldados e preparava o ataque. O plano original dos europeus, chegar a Ascalon para abrir uma linha de defesa, teve de ser abandonado. Mas Saladino cometeu um erro: sem acreditar no poder militar dos cristãos, dividiu suas tropas em 3 grupos e seguiu pilhando tudo o que encontrou no caminho para Jerusalém, em especial as cidades de Ramala, Lyda e Arsuf, nos actuais Israel e Palestina. Aproveitando-se do descaso do inimigo, os cristãos se lançaram em ofensiva contra a retaguarda muçulmana. As tropas eram conduzidas pelo grupo de elite mais temido da Terra Santa: os cavaleiros templários. Com barbas compridas, grande disposição e pouco medo de sacrificar a própria vida, enfrentaram ferozmente o inimigo.
A maior parte dos inimigos foi cercada na região montanhosa de Montgisard, perto de Ramala, na Palestina. Depois de se ajoelharem diante de uma relíquia sagrada, um suposto pedaço da cruz de Cristo, o rei, seus soldados e 500 cavaleiros se lançaram ao ataque. Pegos de surpresa e cansados da longa marcha, os muçulmanos mal esboçaram reação ao massacre que se seguiu. A luta só durou um dia: 25 de Novembro. Morreram 23 mil adversários. Saladino quase não escapou com vida durante a retirada. Milhares de corpos ficaram abandonados no campo de batalha, incluindo o cadáver de um sobrinho do general. Ele nunca mais subestimaria um grupo de templários. Para comemorar o feito e homenagear os 1,1 mil cristãos mortos na batalha, Balduíno IV mandou erguer um mosteiro no local da vitória.
Em defesa dos peregrinos
No fim do século 12, a cruz vermelha dos templários estava estampada em toda a faixa que vai da Europa a Jerusalém. Os cavaleiros eram influentes em Londres (Temple é nome de um bairro central da cidade), mantinham uma fortaleza dentro de Paris (a rue du Temple marca o local até hoje), lutavam ao lado de portugueses e espanhóis pela reconquista da península Ibérica, controlavam a ilha de Chipre, possuíam fortalezas no Oriente Médio e tinham acesso irrestrito ao local onde teria existido o Templo de Salomão, em Jerusalém. Poderosos politicamente, eram muito ricos e suas façanhas militares encantavam a cristandade. Saladino foi derrotado numa segunda batalha após Montgisard. Pouco mais de 100 anos depois, o grão-mestre templário Jacques de Molay ardia em uma fogueira, sobre uma ilha do rio Sena. A ordem desapareceu de forma tão rápida e surpreendente quanto havia surgido e crescido. Como herança, deixou lendas que ainda habitam o imaginário ocidental e estão nas prateleiras de livros (de O Pêndulo de Foucault, de Umberto Eco, a O Código Da Vinci, de Dan Brown), nos consoles de videogames (casos de Broken Sword e Assassin’s Creed) e nos filmes (com destaque para A Lenda do Tesouro Perdido e Indiana Jones e a Última Cruzada).
Como explicar tamanha fascinação por um grupo de cavaleiros que desapareceu há 700 anos? “Os templários personalizaram todas as formas de poder que existiam na Europa medieval”, afirma Alan Butler, historiador britânico e autor de The Warriors and the Bankers (Os Guerreiros e os Banqueiros, inédito em português). Eram monges em um tempo de predomínio cristão, banqueiros quando o dinheiro era escasso e guerreiros quando a igreja conclamava os fiéis a retomar a Terra Santa.
Em 1095, um grupo de nobres respondeu ao apelo do papa Urbano 2º para retomar Jerusalém, ocupada por muçulmanos desde o século 7. Com o sucesso da 1ª Cruzada, surgiu o Reino Latino de Jerusalém, uma ilha cristã que ia de Beirute a Gaza, cercada por inimigos religiosos de todos os lados. Em 1119, para garantir a segurança da cidade, 9 cavaleiros, sob o comando do francês Hugo de Payns, receberam de Balduíno 2º, o rei do novo território, permissão para ocupar uma ala da Mesquita Al-Aqsa, considerada o local do Templo de Salomão – daí o nome da organização que fundaram, Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão. O objetivo era defender os peregrinos cristãos a caminho de Jerusalém.
Por 10 anos, até o reconhecimento oficial da Igreja, em 1129, não há registo de actividade militar ou de defesa de peregrinos. Sabe-se apenas que passaram esse tempo escavando no templo. Foi quando lendas a respeito de relíquias encontradas ali se multiplicaram. Sim, eles encontraram peças e documentos valiosos – a abadia francesa de Clairvaux foi erguida só para estudar pergaminhos desenterrados. Também acharam algo que, diziam, era um pedaço da cruz de Cristo, depois levado às batalhas como amuleto. “Dependendo da lenda, teriam tomado posse da Arca da Aliança, do Santo Graal e do Santo Sudário”, diz Patrick Geary, da Universidade da Califórnia.
É certo que, até o reconhecimento papal, após o Concílio de Troyes, eles treinaram e definiram seu código de conduta. Escrito por são Bernardo, sobrinho de um dos fundadores da ordem, o Livro de Regras estabelecia 72 normas. Por exemplo, que o dormitório deveria estar “iluminado até de manhã” e que tinham de dormir “vestidos com camisa e calções e sapatos e cinto” – a fim de garantir prontidão e, claro, barrar contatos físicos homossexuais. A compilação combinava regras religiosas e militares: “As necessidades (de Jerusalém) são cavaleiros que combatam, não monges que cantem e se lamentem”. As normas de alimentação afirmavam que “comer carne corrompe o corpo”, mas liberavam o consumo 3 vezes por semana para fortalecer os soldados. Além de orações, os 10% dos integrantes da ordem que eram cavaleiros mantinham o hábito de correr, exercitar-se levantando pedras e praticar com espadas de madeira (os outros 90% eram padres, administradores, soldados de infantaria e serviçais). Depois de cada confronto, o carácter religioso vinha à tona. No campo de batalha, os templários se ajoelhavam, apoiados em suas espadas, para rezar e agradecer a Deus pela vitória.
Militares implacáveis
A combinação de força e fé funcionou. Os templários eram temidos porque não costumavam recuar e lutavam com disposição rara. Muitos de seus grãos-mestres morreram em campo de batalha. “Os muçulmanos os respeitavam porque percebiam que estavam diante de inimigos implacáveis, dispostos a lutar até o fim em nome de sua crença”, diz Geary. Em 1190, com a ajuda de uma esquadra genovesa, os cristãos tomaram a cidade de Acre, importante porto na região de Jerusalém, que tinha sido perdida para os muçulmanos dez anos depois da vitória de Montgisard.
No ano seguinte, outra conquista, em Arsuf, sob o comando do rei inglês Ricardo Coração de Leão. Como se tornou tradicional nas batalhas na Terra Santa, os 30 mil cristãos foram liderados por 1,2 mil templários, que sempre assumiam a vanguarda dos ataques. Mais uma vez, Saladino, agora em minoria, com seus 20 mil homens, foi derrotado. Enquanto os cristãos finalizavam a Terceira Cruzada e faziam um acordo para ter acesso a Jerusalém, os templários viraram o século como uma força militar fundamental para manter o controle da região.
O sucesso levou muitos nobres a aderir à ordem. Para isso, era preciso doar todos os bens, o que aumentou o património do grupo. Mas o principal motivo para o seu rápido enriquecimento foi a invenção de um sistema para garantir a segurança financeira dos viajantes à Terra Santa. Para impedir que fossem roubados durante o trajecto, eles deixavam seu dinheiro com os cavaleiros, que lhes davam cartas de crédito – resgatáveis em Jerusalém ou em qualquer outra propriedade dos templários na Europa. “A ordem fundou um sistema muito parecido com as contas correntes atuais”, diz Johnathan Edgeller, historiador da Universidade do Texas e autor de Taking the Templar Habit: Rule, Initiation Ritual, and the Accusations Against the Order (Usando o Hábito Templário: Regra, Ritual de Iniciação e as Acusações Contra a Ordem, sem edição no Brasil). A transação, é claro, pagava uma taxa que a ordem investia em novos patrimônios. Era, sim, usura, mas ela se provaria essencial ao futuro do grupo. “Rapidamente, os cavaleiros se viram em uma situação contraditória. Haviam feito votos de pobreza e não tinham nada de seu, mas viviam em castelos e fortalezas luxuosos, com acesso a banquetes e bebidas”, afirma Edgeller. Com tanto poder, as arruaças se tornaram frequentes. Eram vistos bebendo em tabernas e por vezes se envolviam em brigas típicas de soldados comuns, e não de monges.
Os casos de abusos se tornaram recorrentes. Em 1291, a viúva de um templário escocês foi expulsa de casa por ordem do chefe da região, que ignorou o acordo prévio de que, em caso da morte do nobre, sua família retomaria suas posses. A casa da mulher foi arrombada, e seus dedos, decepados. Os exageros se refletiam na conduta individual. Na Alemanha, beber “como um templário” é sinônimo de encher a cara. Os conflitos com outras ordens religiosas e militares também eram constantes.
Os maiores rivais eram os membros da Ordem Soberana e Militar Hospitalária de São João de Jerusalém, de Rodes e de Malta, conhecidos como hospitalários. Criada com o mesmo objectivo, ela era menos militarizada e mais voltada ao atendimento de feridos e doentes. Eles se odiavam. De um lado, os hospitalários quase puseram a perder a Batalha de Arsuf, quando desobedeceram ao rei Ricardo e partiram para o ataque antes da hora. De outro, os templários perseguiam os rivais abertamente nas ruas de Jerusalém. Chegaram a invadir uma missa, rezada na Igreja de São João por um sacerdote da outra ordem. Gritando e rindo, 20 deles quebraram os bancos de madeira e provocaram uma chuva de flechas dentro do templo.
Na ocasião, os templários já sustentavam guerras dentro da Europa com seus empréstimos a juros altos – como a mantida entre a Inglaterra e a França. Os monarcas europeus temiam que eles chegassem a criar seu próprio país – já dominavam Chipre e tinham territórios suficientes na França para seguir o exemplo de outra ordem militar, a dos Cavaleiros Teutônicos de Santa Maria de Jerusalém, que entre 1229 e 1279 conseguiu ocupar e controlar quase toda a Prússia. “Os templários passaram a ser temidos, mas suportados porque eram muito úteis”, afirma Edgeller. “Muitos de seus procedimentos, como os rituais de iniciação, eram secretos, o que provocava desconfiança. E o poder que eles alcançaram era grande demais.”
Logo os templários não se mostrariam tão úteis. A partir da metade do século 13, os cristãos perdiam espaço rapidamente na Terra Santa. O grão-mestre Gerard de Ridefort, por exemplo, cometeu graves erros em Acre. Rendeu-se aos muçulmanos e acabou devolvido aos cristãos só para morrer em outra batalha. Ridefort passou a ser lembrado como prova de incompetência. As derrotas e humilhações se seguiram até 1291, quando os mamelucos invadiram a Fortaleza de São João de Acre, o último bastião templário no Oriente Médio. Os cavaleiros resistiram por 10 dias e receberam autorização para se retirar. Ao abrir os portões, viram que, do lado de fora, os cristãos estavam sendo massacrados. Voltaram para dentro e lutaram até a morte. Jerusalém só seria controlada por cristãos, de novo (e por pouco tempo), no século 20.
O papel de cada um
Os rituais de iniciação eram mantidos em segredo. O treinamento era bastante rígido, mas apenas 10% dos membros da ordem eram, de fato, cavaleiros. Muitos tinham origem na nobreza da França. O lema do grupo era Non nobis Domine, non nobis, sed nomini tuo da gloriam (Não a nós, Senhor, não a nós, mas em nome da sua glória). O símbolo da ordem era um cavalo montado por dois cavaleiros, demonstração do voto de pobreza.
A experiência da ordem teria ajudado os portugueses em suas viagens de descobrimento
Em Portugal, os templários nem fingiram estar acabados. Rebaptizaram o grupo como Ordem de Cristo em 1318, seguiram com suas actividades e mantiveram seu património original no país. Na mesma época, uma esquadra de 42 navios dos templários, ancorada na França, desapareceu do dia para a noite. Surgiu então a história de que eles teriam levado os navios para Portugal e repassado conhecimentos que possibilitaram as grandes navegações. De concreto, sabe-se que a esquadra que chegou ao Brasil em 1500 estampava a cruz da Ordem de Cristo, uma versão do símbolo original templário. Pedro Álvares Cabral e Vasco da Gama, a propósito, eram membros da ordem.
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